O governador Romeu Zema (Novo) disse, na manhã desta quarta-feira (17), que os “todos os indicadores político-sociais” tiveram avanço durante seu mandato à frente de Minas Gerais. Ele também afirmou que “qualquer aluno ou diretora (de escola) certifica avanços” de sua gestão na educação. O candidato à reeleição também voltou a atacar seu antecessor, o candidato a deputado federal Fernando Pimentel (PT), por conta das contas do caixa mineiro.
“Todos os indicadores político-sociais tiveram avanço no nosso governo. Se você trouxer aqui qualquer aluno, qualquer diretora de escola estadual, ela vai te certificar aqui. A merenda escolar no governo passado era um sopão de arroz. No nosso governo, a merenda tem proteína, tem fruta, tem verdura, tem tudo”, afirmou em entrevista à Rádio Montanhesa, de Viçosa, na Zona da Mata mineira.
A afirmação sobre a educação acontece em meio a críticas que o governador recebe, desde que assumiu o governo, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Houve embates entre as partes por conta dos investimentos no setor, da política educacional durante a pandemia da Covid-19 e até do modelo de matrícula on-line escolhido pelo Estado.
Ainda na entrevista na Zona da Mata, Zema disse que o maior desafio do seu governo foi “a falta de dinheiro que o Estado tinha” quando assumiu. O governador falou que os problemas financeiros superaram, em termos de dificuldade de gestão, a pandemia da Covid-19 e a Tragédia de Brumadinho, ocorrida logo no primeiro mês do seu mandato, em 25 de janeiro de 2019.
“A questão financeira do Estado, que talvez até tenha me consumido mais esforço ainda, talvez mais que esses dois fatos muito tristes que nós tivemos. Porque com a falta de dinheiro que o Estado tinha, você não pode pagar a folha de pagamento na data certa e gera um transtorno muito grande na vida das pessoas”, disse. Na sequência, o governador afirmou que as dificuldades financeiras também dificultaram a relação com os prefeitos num primeiro momento, apesar de garantir que sua relação é boa com “90% dos prefeitos mineiros”.
“Nós tivemos prefeitos que renunciaram no governo passado, porque o governador não pagava, o PT, Pimentel. Prefeitos que adoeceram e, inclusive, prefeitos que até se suicidaram em Minas Gerais. Isso, eu saliento, o prefeito sofre muito. Porque todo mundo sabe onde o prefeito mora. Bate na casa dele, aborda ele na rua”, afirmou.
Relação com deputados e estradas
Ainda em entrevista à Rádio Montanhesa em Viçosa, na Zona da Mata, o governador Romeu Zema disse que sua relação com os deputados estaduais durante o mandato foi prejudicada pelo “projeto de poder pessoal” do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PSD).
“Tudo que ele podia fazer para que projetos importantes para Minas Gerais não fossem analisados, vou falar nem votado, porque não deixou nem os deputados analisarem. Entre eles, o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que nós enviamos há três anos. Ele sequer colocou isso para os deputados analisarem, darem sugestões. Ele simplesmente deixou dentro da gaveta”, afirmou Zema.
Sobre uma eventual reeleição, o governador aposta que a relação com os deputados será melhor com a troca do presidente da Assembleia Legislativa, já que Patrus não concorre ao cargo neste pleito. “Eu estou muito confiante que num segundo mandato nós teremos uma base muito maior e, principalmente, um presidente que olhe pelo interesse dos mineiros”, completou.
O governador também disse que parte do seu projeto de reeleição é a recuperação das estradas mineiras. Segundo Zema, o Provias, programa criado por sua gestão para realizar obras de infraestrutura em rodovias, será renovado em caso de vitória do Novo nas urnas. Ainda assim, pediu paciência da população para concluir o planejamento.