Defesa não vê participação direta de militares em ataque do dia 8

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O ministro da Defesa, José Múcio, acredita que não houve participação direta das Forças Armadas no ataque do último dia 8 em Brasília, conforme declarou nesta sexta-feira, após a primeira reunião da cúpula militar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os distúrbios.

“Entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas. Agora, se algum elemento teve participação, ele irá responder como cidadão”, disse Múcio a jornalistas no Palácio do Planalto.

Lula recebeu os comandantes do Exército, em um encontro marcado por expectativas, após a invasão às sedes dos Três Poderes por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Múcio ressaltou que os militares estão cientes e concordam que providências serão tomadas contra membros das Forças Armadas que estiverem envolvidos de alguma forma no ataque. “No calor da emoção, precisamos ter cuidado para que esse julgamento, essas acusações, sejam justos. Tudo será providenciado em seu tempo.”

Múcio destacou que esse tema não foi discutido na reunião, da qual também participou o vice-presidente, Geraldo Alckmin. “Temos que pensar para a frente, pacificar este país”, avaliou o ministro, que garantiu que o episódio de 8 de janeiro não se repetirá.

Após derrotar Bolsonaro nas eleições presidenciais, Lula enfrenta em sua relação com as Forças Armadas um de seus maiores desafios imediatos, segundo analistas, O presidente acredita que houve cumplicidade interna no dia da invasão ao Planalto, e manifestou preocupação com os bolsonaristas radicais em seu entorno imediato e com a presença militar excessiva na administração pública.

Enquanto autoridades avançavam nas investigações para apurar a participação, incitação e o financiamento do ataque do dia 8, a Polícia Federal lançou nesta sexta-feira uma nova operação em cinco estados e no Distrito Federal para prender oito suspeitos de envolvimento na organização dos distúrbios.

Agentes também cumpriam hoje mandados de busca e apreensão na casa e nos locais de trabalho do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Ordenada por um juiz do STF, a operação tenta reunir provas para a investigação contra Rocha, suspeito de omissão durante os atos violentos de 8 de janeiro.

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